Autor: FELIPE RODRIGUES
Serás engrandecido pelo teu próprio brilho.
Emerson
O nosso lar é mais alegre por sua causa, mais floridos os nossos jardins, e tudo que circunda o nosso ser é mais brilhante, devido à sua presença.
Whittier
Existe alguma coisa na personalidade humana que escapa à objetiva do fotógrafo, que o pintor não pode reproduzir ou o escultor cinzelar “esculpir.” Esta coisa sutil que todos sentem e ninguém pode descrever, é o que chamamos magnetismo. Feliz, na verdade, é aquele que o possui, pelo que ele tem de positivo com o nosso êxito e felicidade na vida.
“Quando estudante ela era o centro radiante de vida e alegria,” disse o Presidente Angell, da Universidade de Michigan, falando da Sra. Alice Freeman Palmer. Era a força do magnetismo, reunida a um otimismo notável que tornava a senhora Palmer “o centro radiante de vida e alegria” nos seus dias de estudante, e também na sua vida prática posterior; que fazia com que todos que dela se acercavam, sucumbissem “sentissem uma excelente impressão moral ou de sensibilidade; cedessem à sua influência” diante da força da sua presença graciosa. O seu magnetismo, mais do que qualquer outro traço de caráter, era a causa do imenso êxito da sua breve existência.
É esta qualidade indescritível que algumas pessoas possuem em grau elevado, que suscita “faz nascer; provoca” um entusiasmo irrefreável ao ouvir o nome de um Blaine ou Lincoln, e faz com que o povo aplauda com um verdadeiro frenesi “entusiasmo; encanto.” Era esta atmosfera peculiar “especial” que converteu Clay num verdadeiro ídolo dos seus constituintes. Conquanto Calhoun fosse talvez ainda superior, nunca conseguiu provocar o entusiasmo que conseguia o “pequeno moedor de cereais.” Webster e Summer foram grandes homens, mas nunca conseguiram despertar o entusiasmo espontâneo conseguido por Blaine e Clay.
Dizia um historiador que, para medir-se a influência de Kossuth sobre as massas, “é preciso conhecer, primeiro, o volume físico do orador, e depois estender a linha para cima da sua atmosfera.” Se tivéssemos um discernimento bastante sutil e uns meios de prova bastante delicados, poderíamos medir não somente a atmosfera pessoal dos indivíduos, mas também fazer um cálculo apurado sobre as possibilidades futuras dos nossos colegas de escola e amigos de infância. Muitas vezes somos enganados no que se refere às posições que irão ocupar, porque conhecemos apenas as suas habilitações evidentes, e não a sua atmosfera pessoal, ou força magnética, como parte do seu sucesso principal. Todavia, isto tem tanto que ver com o progresso de um indivíduo, como o mesmo poder mental e a educação.
Rapazes e moças nascidos na pobreza, muitas vezes, invejam os ricos, que nunca tiveram que lutar pela vida; entretanto, muitos deles possuem na própria personalidade um poder que excede em muito no que dá o dinheiro. O homem e a mulher de personalidade encantadora são queridos em toda parte. São bem-vindos em qualquer casa, e estão mais nas condições de serem bem-sucedidos em qualquer negócio ou profissão, – sem capital, do que aqueles aos quais faltam estas qualidades magnéticas.
De fato, muitas são as casas comerciais importantes que adotam a regra de não empregarem pessoas que demonstram descuido, relaxamento, ou que não apresentam uma aparência distinta, quando as procuram para obter emprego. O encarregado de contratar os vendedores de uma importante casa de Chicago dizia que “conquanto o modo de procurar emprego seja em toda parte mais ou menos o mesmo, verifica-se o fato que o mais importante é a oportunidade que tem o pretendente, desde o primeiro encontro, de mostrar provas da sua personalidade.”
Que a doçura do vosso espírito se faça sentir no vosso corpo, no vestuário e na própria habitação.
Herbert